Comemoração do Dia Nacional do Animal
Um Projeto do Plano Anual de Atividades

Onde há gato, não há rato

Um espaço para divulgação das atividades desenvolvidas na Escola EB1/JI Feliciano Oleiro.
Comemoração do Dia Nacional do Animal
Um Projeto do Plano Anual de Atividades
Na semana de 8 a 12 de Novembro, o festival CINANIMA viajou de Espinho para Almada. Nas salas do pré-escolar da EB/JI Feliciano Oleiro, o cinema de animação tomou um lugar de destaque. Silenciou-se, viu-se, ouviu-se, perguntou-se, falou-se, escutou-se, dançou-se. Sim, o cinema também se dança. Sozinhos, a pares, ao colo, no chão.
As crianças estranharam-se, e depois questionaram-se, sobre a realidade e a
fantasia nos filmes:
Porque é que os fósforos jogam à bola? (D, 5 anos)
Porque havia lá médicos? (H, 4
anos)
Só os fósforos a fingir é que
jogam à bola! (RC, 5 anos)
Também podiam ser cotonetes a jogar à bola! (G, 5 anos)
E rimos, quando o caracol apagou a vela! E pediram para ver outra e outra vez, para rir outra e outra vez. Quando as crianças começam a rir pelos olhos, riem e vivem com o corpo todo, entre os seus tempos infantil e biológico.
“Podemos ver mais um? Ou já é
hora do lanche?” (T, 5 anos)
Falámos sobre coisas pequenas e grandes,
tesouros diversos: “O meu tesouro era um pneu voador dourado de chocolate, para
dar à minha mãe!” (P, 4 anos).
Por vezes levantamos a mão, mas esquecemos o que queríamos perguntar: “Vou pensar outra vez.” (BL, 5 anos)
E no último dia, entre diálogos
em português e ucraniano (bom dia, até amanhã, obrigado, amarelo, azul, verde,
vermelho, preto, branco, cão, leão, pão, água.- cortesia da O, 5 anos e da E, 4
anos), dançámos música mexicana, enquanto comíamos castanhas cozidas e assadas.
E dançámos, outra e outra vez, sozinhos, a pares, no chão e ao colo (sim,
gostamos muito de dançar ao colo). Uma autêntica vivência multicultural.
Obrigado CINANIMA! Até para o
ano!
Educadores Isabel Loução e
Ricardo Frias
Na sala PréB, crianças de quatro e cinco anos experimentam a sua primeira reunião/diálogo filosófico de forma autónoma. O educador ajuda a preparar os dispositivos básicos, como as mesas, as cadeiras, e sugere o registo das perguntas que surgirem (escreverem as perguntas, da forma que quisessem, e soubessem). O registo permite não só aquilo que importa à comunicação, à escrita e à interpretação, como é também um processo de pensamento gráfico e artístico. É ainda um espaço de reflexão-criação (ouvir e escrever, ouvir e desenhar, ouvir e comunicar), que envolve complexos mecanismos de elaboração. Numa fase em que os momentos de diálogo em comunidade de investigação filosófica despontam no quotidiano em sala, há instantes que parecem ganhar vida própria. As perguntas sucedem-se, irrompem famintas de vez e de voz. As vozes elevam-se, sedentas de som e de ser. A escrita fica, e requer tradução, pois da mesma forma que as crianças não sabem ler o que os adultos escrevem, os adultos também não sabem ler o que as crianças escrevem.
Porque é que
temos que usar roupa? (T., 5 anos)
Existem
super-heróis? (J, 5 anos)
Porque é que
temos que vir à escola todos os dias? (RC, 5 anos)
Alguém mais quer
falar? (RA, 5 anos, na função de moderador)
Saiba mais sobre filosofia para/com crianças: https://web.archive.org/web/20110115150957/http://cehs.montclair.edu/academic/iapc/index.shtml
https://www.sapere.org.uk/about-us.aspx