Na sala PréB, crianças de quatro e cinco anos experimentam a sua primeira reunião/diálogo filosófico de forma autónoma. O educador ajuda a preparar os dispositivos básicos, como as mesas, as cadeiras, e sugere o registo das perguntas que surgirem (escreverem as perguntas, da forma que quisessem, e soubessem). O registo permite não só aquilo que importa à comunicação, à escrita e à interpretação, como é também um processo de pensamento gráfico e artístico. É ainda um espaço de reflexão-criação (ouvir e escrever, ouvir e desenhar, ouvir e comunicar), que envolve complexos mecanismos de elaboração. Numa fase em que os momentos de diálogo em comunidade de investigação filosófica despontam no quotidiano em sala, há instantes que parecem ganhar vida própria. As perguntas sucedem-se, irrompem famintas de vez e de voz. As vozes elevam-se, sedentas de som e de ser. A escrita fica, e requer tradução, pois da mesma forma que as crianças não sabem ler o que os adultos escrevem, os adultos também não sabem ler o que as crianças escrevem.
Porque é que
temos que usar roupa? (T., 5 anos)
Existem
super-heróis? (J, 5 anos)
Porque é que
temos que vir à escola todos os dias? (RC, 5 anos)
Alguém mais quer
falar? (RA, 5 anos, na função de moderador)
Saiba mais sobre filosofia para/com crianças: https://web.archive.org/web/20110115150957/http://cehs.montclair.edu/academic/iapc/index.shtml
https://www.sapere.org.uk/about-us.aspx
pensado com T. e J.: será que a roupa faz-nos super-heróis? (P, 56 anos)
ResponderEliminarQue iniciativa maravilhosa. Criar momentos de análise e crítica do mundo. Momentos em que se discute o que lhes suscita curiosidade e interesse. Aprender a falar para o grupo, com a voz vinda de dentro si e deixar o mundo e os amigos chegarem ao seu “eu”. Fazê-los pensar nas dúvidas do outros. Criar empatia! Um bem haja
ResponderEliminarFantástico trabalho.
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